segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O CACHORRO DO HOMI DO MIÚDO (MIUDEIRO)


O cachorro do homi do miúdo



Desenho de Paulo Lisker


Paulo Lisker, de Israel

"O MIUDEIRO" ou (O cachorro do homi do miúdo)

Deve ficar bem claro que não estamos falando do grupo folclórico carnavalesco "o cachorro do homi do miúdo", apesar de que possivelmente o nome deste bloco tenha sido inspirado nesta figura do vendedor de miúdos e o cachorro que lhe acompanhava.

Lá pelo meio dia aparecia outros vendedores ambulantes e já de longe se ouvia seus pregões.
Um deles toda segunda e quarta feira era induvidavelmente o "miudeiro" e do que ainda me lembro desta figura, vou lhes contar.
Eu pensava que só a minha rua ou o meu bairro ("Boa Vista"), tinha o privilegio de possuir o seu "miudeiro". Depois de um tempo me contaram amigos que também no Bairro da Madalena, no Espinheiro, Casa Amarela, em todo canto passava o miudeiro e só não concordávamos com o cachorro que os acompanhava, pois cada um tinha um cão diferente.
Pois bem, mais isso é o de menos.


"O CACHORRO DO HOMI DU MIÚDO" 
Lá vem ele, o mulato da carapinha já meio prateada, com o tabuleiro na cabeça e o cachorro "sabugo" que o acompanhava fizesse calor, frio ou chuva, "esse bicho feio não arredava o pé" (sempre junto, no falar do povo).
Já de longe se ouvia o miudeiro e seu pregão cantarolado:

 "MIUUUUDOO, TUDO FRESQUIN, SAIU AGORIN DO MATADÔ..... TEM FIGU (fígado) OSSU (ossos) DE TUTANO PRA SOPA, PATA DE VACA PRA MOCOTÓ, LÍNGUA, CORAÇÃO, TRIPA LIMPA E PULMÃO, PASSARINHA, RINS E CULHÃO (até rimava)...... TUDO FRESQUIN E BEM BARATIN, QUEM QUER MIOLO FRESQUIN DE DAR GOSTO, TEM DE TUDO HOJE".Como poderia estar tudo fresquinho? Perguntariam vocês e com toda razão, não é mesmo?
Às 10 horas da manhã saía com os miúdos fresquinhos da sala de vendas do matadouro que estava localizado fora da cidade, acho que era na localidade de Peixinhos, porém não estou seguro.
Partes internas de bovino, patas limpas de vacas para o conhecido "mocotó", algo de viceras de suínos, tudo arrumado "bonitinho" num tabuleiro de madeira e coberto com pano ordinário para evitar as moscas.
Carregava o tabuleiro com grande habilidade só com a ajuda de uma "ródia na cabeça. Levava um cavalete no ombro. Um verdadeiro malabarista e o seu circo era a nossa rua.
Vinha caminhando descalço, cantarolava o seu pregão até chegar ao nosso bairro, o bairro da Boa Vista.
Os condutores dos bondes (aqueles que cobravam as passagens, os que dirigiam eram chamados motorneiros), não permitiam a entrada de "miudeiros" com o tabuleiro de vísceras frescas, pingando sangue e para cachorros a entrada estava terminantemente proibida. Educação inglesa da companhia dos bondes.
 Então o jeito era ir a pés mesmo!
A calçada já a esta hora do dia fervia e ele caminhava feito um faquir indiano andando sobre brasas e nem estava "ligando" (dando importância, em nordestinêz).
Caminhava mais ou menos uma hora e meia, debaixo de um sol desgraçado e umidade característica do clima tropical do Recife.
Refrigeração? Coisa nenhuma, pra que?
Ninguém duvidava nem de leve que todo aquele material visceral já poderia estar se deteriorando num processo inicial de putrefação. Meu Deus!
-Não se aperreie (incomode em nordestino) com isso,acalmava o miudeiro a sua clientela:
-Está tudo fresquin, sinta o cheirin, saiu agorin do matadouro pingando de sangue, dizia o "homi do miúdo", anda minha gente, estou avexado (com pressa), hoje é quarta feira "e tem jogo do Santa com o Íbis no Arruda, estou muito avexado hoje.
A freguesia comprava de tudo, cozinhava ou fritava e pronto.
Nunca ninguém escutou que alguém tivesse se envenenado ou morrido intoxicado por comer estes miúdos do tabuleiro carregado na cabeça do "homi do miúdo", sem refrigeração de espécie alguma e vendidos na rua,baixo um sol inclemente e levados para casa embrulhados em papel de jornal de ontem.
Quem sabe era uma época que o povo tinha "boas tripas" (aparelho digestivo), era resistente a estas besteiras de intoxicação que só incomodava aos gringos. Aos natos aqui, isto não lhe fazia mal nenhum ou como diziam na época: "Deus é brasileiro e ajuda".
Quando acontecia já estar fedendo (de mau cheiro ou mesmo "estragado") o muito que poderia acontecer depois de comer a gororoba (comida não bem especificada) era dar uma forte dor de barriga e caganeira (diarréia no jargão da rua) e nada mais.
Passava logo ao tomar um chazinho de folha de pitangueira, na época era um santo remédio para todo tipo de caganeira mesmo as mais brabas e fedorentas.
E quando "entupia" (prisão de ventre), se resolvia com duas colheres do celebre Leite de Magnésia. Soluções para estes aperreios (preocupações), sempre estava presente em toda casa ou da vizinha.
Agora voltando ao cotidiano, cada dona de casa comprava o que lhe mais agradava para preparar o almoço ou a ceia da família naquele dia.
Todo o mencionado no trecho acima, para as patroas não vogava (não era válido).
As freguesas acreditavam no "fresquin" que dizia o miudeiro e pronto.
Ele nunca andava sozinho, estava sempre acompanhado do seu fiel cachorro (se era dele não sei), mas que era fiel era. Seguia o miudeiro durante todas as horas do dia. Cachorro de cor preta, assanhado, feio que nem a peste, rabugento e tinha pulga para dar e vender. Era um bicho cuja aparência dava medo a qualquer, mas fiel que nem ele, só relógio suíço.
Num dia de bebida excessiva, tropeçou o miudeiro, caiu, se machucou e desmaiou. O tabuleiro com os miúdos do dia rolaram pela calçada. Coisa feia mesmo. O cachorro "sabugo" não arredou o pé, sentou e ficou tomando conta da "mercadoria" no chão, ninguém se atrevia roubar nem um pedacinho de nada, pois Sabugo latia, mostrava os dentes e dava voltinhas e de vez em quando e lambia a cara do desmaiado. Fiel assim nunca vi, nem pra si mesmo abocanhou um pedacinho de qualquer coisa que estava ali sem dono.
O povo acudiu (ajudou), atiraram uma lata de água, o cachorro latiu e o miudeiro acordou, levantou-se, juntou a mercadoria e continuou a sua faina diária como se nada tivesse acontecido.
Como você sabe? Contador de estórias duma peste, perguntariam vocês, não é mesmo?
Pois bem gente boa, isto aconteceu bem em frente da minha casa na Gervásio Pires no tempo que a rua estava quase toda interrompida, pois colocavam as dormentes para os trilhos dos bondes.
Agora imaginem, andar algo "tocado" (bêbado) no meio de tantos entulhos era preciso ser malabarista mesmo, aí aconteceu.
Não acreditam? Perguntem a Capiba que morava com mais uns estudantes e músicos da Jaz Band Acadêmica, na Pensão Internacional, pegada (junto) ao nosso casarão. Testemunhas não faltarão, estavam em volta "piruando" (aconselhando como agir), seu Armindo (vulgo Ventola) da sorveteria na esquina da Avenida Conde da Boa Vista, o senhor Lopes da mercearia Aurora na esquina da Rua da Conceição, testemunhas não faltam, se for preciso, tão vendo?

Ele estava sempre munido de duas ou três peixeiras (facões) de tamanhos distintos, afiados feito navalha, a fim de cortar a mercadoria que trazia do matadouro (seria mesmo de Peixinhos? Já não me lembro).
Dos animais abatidos horas atrás, ele comprava os órgãos internos e as viceras.
Comprar miúdo em açougue, nem pensar!
Naquele tempo comer miúdo, só "fresco" do homi du miúdo.
As senhoras judias em geral acreditavam que fígado de gado é muito rico em ferro e bom demais para a saúde, tanto para velhos como para crianças.
Isto posto, pelo menos duas vezes por semana compravam todo o fígado do tabuleiro do miudeiro para fazer picadinho (Guehakte leiber, em iídiche). O fígado nem sempre era macio, às vezes vinha cheio de veias (boi velho, característico do nordeste naquele tempo), que dificultava comer como bifes, então faziam dele picadinho (a moda carreteiro ou passavam as postas na maquina manual de moer carne).
Na nossa casa e em geral na casa dos judeus era comum o estilo leste europeu. Este picadinho levava muita cebola, alho, pimenta do reino, ovos duros e condimentos diversos.
Desta forma o problema do fígado duro e cheio de veias do boi velho, aquele do Piauí da cara preta  (lembram da canção do embalo dos nenês, Xô, xô boi...) estava totalmente superado e a comida era do gosto de todos.
Lembro-me muito bem que me obrigavam a comer este prato servido como "entrada" (o primeiro a ser servido) na nossa mesa uma ou duas vezes na semana e sempre alegava minha mãe:
-É pelo ferro é pelo ferro meu filho. Coma é pra seu bem! Vais crescer e ficar forte.Minha mãe ficava zangada comigo quando eu dizia (de gozação ou mesmo sério) que o "guehakte leiber" (patê de fígado), pode ser gostoso para os velhos, eu não como isso nem a pulso (em nordestino, forçado ou "apurso" no idioma da rua).
-Porque meu filho? É tão gostoso, saudável e riquíssimo em ferro!
E continuava insistindo:
-Coma menino, é pelo ferro meu filho, faz muito bem a saúde. Repare teu amigo Meira (Mauricio Bucuar), atleta, até joga (como amador), no time do Sport.
Dona Rivke Madeira (sua mãe) me contou que ele come duas a três vezes na semana, "gehakte leiber" (Pathe de fígado), mesmo tapando o nariz para não sentir o cheiro, toma uma colher de sopa de óleo de fígado de bacalhau toda manhã. Veja o resultado, faça o mesmo com os seus meninos, em dois meses estarão fortes feito touros.

-Mãe, quando eu quiser ferro vou chupar prego, ta!
Isso tem cor de merda! (em iídiche Drek mit leiber). Só olhar dá nojo e o cheiro é do cachorro felpudo "Sabugo" quando pega um aguaceiro no caminho e se molha até os ossos, como fede!Ela ficava danada da vida só faltava arrancar os cabelos e ia reclamar para meu avô em iídiche para que as empregadas não entendessem a conversa sobre o menino malcriado que fala feito um moleque da rua e não respeita pai e mãe, só gosta de feijão e arroz que as empregadas comem todo santo dia.
-Ele já virou brasileiro nato de verdade mesmo! Não gosta de comida iídiche e ainda usa linguagem suja de moleque da rua.Essa comida, (o fígado picadinho ou moído) é denominado em iídiche "Gehakte Leiber", (Patê de fígado bovino) e é muito apreciado pela maioria dos emigrantes judeus europeus.
Mas todos eles sabem que a expressão "drek mit leiber" ficou como sinônimo de tudo que não presta.
"Merda e fígado" ou "fígado de merda". Expressão usada em quase toda casa judaica para algo que não lhe agrada, não presta ou lhe dá nojo.
Vejam um fenômeno dialético, por um lado adorar como comida e pelo outro usar como expressão pejorativa significando uma porcaria. "Drek mit leiber" (Merda de fígado).
Um fato interessante que vale a pena ser relatado.
Um belo dia as irmãs de minha mãe acompanharam os seus filhos e os outros meninos da escola judaica num passeio fora do Recife.
Foram visitar em Mercês a plantação de laranjas na fazenda do senhor Faingold, um dos raros judeus do Recife que se ocupava com o ofício da terra.
Como nenhuma mulher judia queria por livre e espontânea vontade ir viver no mato, ele largou a judia que tinha na cidade, resolveu ser agricultor se amigou com uma "goia" ( mulata local).
Afastou-se da comunidade judaica do Recife que não via com bons olhos esta atuação dele.
Entretanto como se dizia naquele tempo: "ele cagava na cabeça", uniu o útil ao agradável e vivia feliz da vida!
Plantava laranjas como na época do Mandato Britânico na Palestina, com curvas de nível, variedades comerciais enxertadas, regava as plantas com regador até que chegassem as chuvas estacionais. (Na linguagem profissional se denomina, um rego complementar, para evitar que a planta sofresse com a estiagem).
Agora voltemos ao pedido da compra do fígado para as irmãs da minha mãe.
Ela comprou naquele dia do passeio da escola, todo o fígado do tabuleiro do miudeiro Osório, este que atuava na nossa rua.
Grande parte estava reservada para elas quando voltassem do passeio com a escola.
Mãe pagou e Maria a empregada ficou conversando com senhor Osório, embrulhando em papel de jornal "dormido" (de ontem, em nordestinês) as postas enormes de fígado.
Antes que Maria entrasse em casa carregando os embrulhos de 6 -7 quilos, o miudeiro pergunta-lhe meio espantado e intrigado com a compra de tanto fígado numa só casa:
-Maria me diz uma coisa, sem querer ser enxerido (me meter), mas quantos cachorros vocês tem em casa pra dar de comer?Maria meio encabulada (envergonhada):
-Aqui não tem cachorro nenhum não senhor, só "tupi", uma cachorrinha nanica que já está com um pé na cova!
Maria sabia muito bem quem na realidade eram os "cachorros" que comeriam as enormes postas de fígado que compraram pela manhã.
Isso se deve pelo fato que brasileiro não é muito dado a comer miúdos, quando muito, o povo pobre preparava uma "BUCHADA" com miúdos de bovino ou "sarapatel" com tripa e vísceras de porco! O fígado como tal não estava incluído nos ingredientes usados nesta culinária. 
Deve haver muitos bichos pra alimentar com tanto "figo" (fígado), não é mesmo?
O miudeiro não podia imaginar outra coisa. Tanto fígado, toda semana, só podia ser mesmo pra alimentar cachorros.
Este costume acontecia também com as hortaliças, era comum ouvir o brasileiro nato dizer:
- "Oxente pra que diabo comer salada, quem come verdura é passarinho"! (especialmente alface). Era uma grande verdade, toda gaiola de passarinho tinha a sua folha de alface.
Meio incrédulo o miudeiro levantou o tabuleiro do cavalete e saiu caminhando lá pros lados da Praça Maciel Pinheiro.
Dizia ele para seus botões:
-Num faz sentido mesmo, na casa de Dona Anna, ter tanto cachorro e eu nunca os vi nem escutei latir. Será que eles estão escondidos no fundo do quintal? Só pode ser isso. Será?Matutando com o problema da cachorrada, caminhava como um equilibrista com o tabuleiro na cabeça e o cavalete nos ombros a passos largos quase correndo para Rua da Conceição, Rua do Aragão, Rua Velha, Rua da Glória, pois sabia que por lá tinha inúmeros clientes judeus, que sempre compravam miúdos "frescos".
"MI-ÚUUDO!... MIUDEIRO! TEM MIOLO, PAAASSARINHA, TRIPA LIMPA É SÓ ENCHER PRA FAZER LINGUIÇA, PATA DE VACA PRA MOCOTÒ.... OIE O MIII-UUUDO, TUDO FRESQUIN"....
Depois de uma ronda desta natureza ele podia voltar sossegado para casa com o tabuleiro vazio e um bom dinheirinho no bolso! Essas judias são freguesas excelentes!Nem o condutor mais chato do bonde para Casa Forte, reclamaria que o tabuleiro estaria atraído moscas e que importunaria aos passageiros.
Antes de pegar o bonde para voltar pra casa, o tabuleiro era cuidadosamente lavado e esfregado com "palhinha de bomba" no chafariz do Beco do Camarão. Tudo legal e limpinho tudo
 reluzia de limpo. Pronto para a faina de amanhã.
O problema era com o cachorro do miudeiro que o acompanhava durante o dia todo. Cachorro feio de dar medo, mas sabido demais. Era fiel, fiel, pois sabia onde tem restos de comida durante todo tempo que o miudeiro realizava este percurso nas ruas ensolaradas do Recife.
O condutor não deixava cachorro nenhum entrar no bonde, nem aqueles de alguns aristocratas que viviam nas suas mansões em Apipucos e que criavam cachorros de raça caríssimos. Cachorros no meu bonde, não, dizia o negão Rogério, nem a pau!
A coisa era diferente para com o miudeiro Osório. Depois de uma pequena discussão com o condutor e pagar duas passagens pelo animal, permitia sem muita vontade que o cachorro e seu dono viajassem na parte traseira do bonde onde não tinha assentos de passageiros e era destinada exclusivamente para carga.
E como "Deus é brasileiro", o cachorro também era.  A viagem seguia em paz até a Casa Forte e até lá Osório ficava conversando com Rogério o condutor, sobre o jogo do Santa hoje no campo do Arruda.
-Eita goleada, tu vais ver....
-Mas também pudera, contra o Íbis.
Até aqui o texto dessa croniqueta.
 "Pregões" do Recife e em especial aqueles que na Rua Gervásio Pires enriqueciam a nossa vivencia, traziam mais cores, aromas e melodias mesmo depois que meteram os bondes barulhentos na nossa rua.
Não tem nada não, a presença dos ambulantes e as cantigas dos seus pregões superavam o barulho chato dessas maquinas elétricas.

(Todos os direitos autorais reservados)

6 comentários:


  1. Shlomita F. Israel
    DISSE:
    Gostei imensamente do desenho do "miudeiro".
    Excelente


    SIFOS São Paulo Brasil
    Disse;

    TEM MUITO FUTURO NA ARTE "NAIF"


    Orr Lisker Eilat - Israel
    Disse:
    O desenho já está no "Face book" e já tem quem quer fazer uma exposição destes desenhos no próximo mês no salão da filarmônica de Rishon Le Zion.
    Pense nisto.

    Eng. I, Rosenblatt Recife-Pe.
    DISSE:
    O bloco carnavalesco ainda existe.
    Não tem mais homens vendendo miúdos como antigamente pq a vigilância sanitária não permite.
    Ainda perdura os que vendem "cachorro quentes" (salsichas), queijo assado, tapioca, e outras coisas que não exijam refrigeração. Principalmente na época do carnaval e de grandes eventos. Na praia tem mariscos, camarões assados e cozidos, mas com outro tipo de apresentação.
    Muita gente gosta de miúdos, por isso os pratos pernambucanos como vatapá, galinha de cabidela, e outros de miúdos de boi, porco e bode. no mercado da Boa Vista tem de tudo...Porem são bares com geladeiras, cozinhas e pias.
    Curioso como todo carroceiro tem um cachorro seguindo.
    O Recife ainda tem muitas carroças manuais e a cavalo. São boas para pequenas mudanças, pra levar tralhas, trazer areia e materiais de construção do cais Jose Mariano, levar entulho, o que tiver.
    Também tomei óleo de fígado de bacalhau, a celebre Emulsão de Scott.
    Não passava de tão grossa pela garganta e o cheiro era detestável...
    Gosto de fígado frito em tirinhas com cebola frita. Muito bom.



    Eng.R. Mutchnick Iarael
    DISSE:

    PAULO SHALOM
    DE ONDE VEM O APELIDO "MADEIRA" PARA A FAMILIA DE MEIRA?
    ROBERTO


    Dr. Ary Ruchansky Israel
    DISSE:

    Só você me faz reviver uma época tâo inocente.
    Estou em dia com todas suas crônicas.otimas.
    Ary



    Ing. I. Coslovsky São Paulo-Brasil
    DISSE:

    PAULO,
    MUITO BOM, COMO SEMPRE. PARECE-ME BEM MELHOR DO QUE A PRIMEIRA VERSÃO.
    GOSTEI MUITO DA COMBINAÇÃO DAS TRADIÇÕES E EXPRESSÕES JUDAICAS COM AS LOCAIS, MUITO BEM RELATADAS.
    APENAS PARA V. VERIFICAR QUE EU LEIO TUDO COM CUIDADO:
    ACHO QUE DEVE SER “PATAS” E NÃO “PARAS”.
    TALVEZ SEJA “PEIXEIRAS” E NÃO “PEIXINHOS”.
    UM ABRAÇO
    ISRAEL (NECO)

    Eng. M. Rosenblatt Israel
    DISSE:

    O artigo estava muito melhor do que o desenho mas escreva o nome Picasso em baixo dessa merda e você vende ela por 10 milhões de dolares. No minimo.


    Paulo Lisker Israel
    Responde:

    Estimados e bem quistos leitores destas "croniquetas infantiloides".
    Agradeço enormemente pelos vossos comentários e criticas que tecem com muita razão.
    Fico honrado com a vossa participação, aceito e analiso qualquer "emenda" de vossa parte, pois quem seria eu escrevinhando para ninguém ou para a gaveta como era o costume dizer para aqueles que não tem publico algum para a sua "literatura".
    Para mim esta vossa participação é um verdadeiro ensinamento para escrever melhor e contar os fatos com o apoio não só das minhas lembranças, mas com mais dezenas de vossa parte.
    Muito agradecido


    Blogger Luiz Eurico disse...
    Clóvis, meu pai, que faleceu há dois anos me contava sempre essa história do cachorro do homem do miúdo e minhas tias, ainda vivas, asseveram que esse causo deu origem ao "Clube Carnavalesco Cachorro do Homem do Miúdo".
    Portanto, há testemunhas do fato.
    Abraço fraterno.


    Eng. Rubem Pincovsky Recife
    DISSE:

    Tenho lido as suas bem humoradas crônicas, na verdade, memória de um tempo já bem distante. A última que li foi a do "home" do cachorro do miúdo. Excelente! Na verdade, um valioso documento daqueles anos, ao mesmo tempo, inocentes e perigosos... Vivíamos (ou estávamos saindo) de uma ditadura, o Estado Novo, repleto de antissemistas, com o governo dividido entre germanóficos e americanofílos. Felizmente, foram estes os que prevaleceram!


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  2. Dr. Ary Rushansky Israel
    DISSE:

    Retrato perfeito .lembranca perfeita dos fatos ary

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  3. ISMAEL GOUVEIA, Recife.
    Disse:
    Meu caro Paulo,
    O Homem do miúdo chegou. Li com atenção e achei ótimo. O único problema é que embarco na leitura, lembro também do meu tempo de garoto, conheci também o homem do míudo, resultado esqueço a crítica. Tudo é memória.
    Parabéns.
    ISMAEL

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  4. Dr. MERALDO ZISMAN. Recife
    PSICO TERAPEUTA E ESCRITOR.
    Disse:

    PAULO,
    ESTÁ MUITO BOA ESTA SERIE DE CRÔNICAS DOS ANTIGOS PREGÕES DO RECIFE.
    ESTA DO "HOMI DO MIÚDO", EXCELENTE.
    PARABENS!
    MERALDO.

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  5. Helinho Lederman-Recife.
    Eng. Agrônomo.
    DISSE::
    Li duas vezes o seu "OMI DO MIUDO".
    Eu me lembro deste miudeiro que também passava na nossa rua, Rua do Sossego e minha mãe era freguesa do fígado que ele trazia.
    Agora tem um livro que foi lançado recentemente, sobre a culinária judaica sob influência da cozinha pernambucana, (fluden com recheio de doce de jambo e castanha de cajú, por exemplo), com certeza tem a receita do 'guehakte leiber' que vc. tão apropriadamente se refere a ele no seu 'Homi do miúdo'.
    Finalmente alguém tomou a iniciativa de colocar a nossa comunidade no mapa das crônicas que ficarão para a posteridade.
    Helinho.

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  6. ISRAEL COSLOVSKY, São Paulo.
    DISSE:

    CRÔNICA FORA DO COMUM, IGUALMENTE COMO AS ANTERIORES DESSE AUTOR, SÃO MUITO BOAS MESMO.
    PARECE QUE A LINGUAGEM USADA CONTRIBUI PARA O CLIMA QUE A ESTORIA SE DESENVOLVE NAS RUAS DO RECIFE.
    GRATO PELA LEITURA GOSTOSA.
    Neco.

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