A quarta geração ainda pergunta
DAS CONVERSAS COM MEU AVÔ
Tema: A quarta geração ainda pergunta
Paulo Lisker, de Israel
Um dia desses, para ser mais exato, ao anoitecer do dia 16-09-2012, fui jantar na casa do meu filho em Tel Aviv.
Era a comemoração do novo ano judeu (Rosh Hashaná, em Hebraico), que este ano cai nesta data.
Não preciso dizer que numa ocasião desta se reúnem quase todos da família, os de perto e os de longe (harehokim ve hakrovim, em hebraico).
É uma oportunidade de se ver uns os outros que durante o ano não é possível pela correria atrás do sustento da família que impossibilita faze-lo com maior frequência.
É a data certa para se reunir, para matar as saudades, conversar, comer e beber do melhor em conjunto, pois comemoramos o Ano Novo (5773).
O mais importante nesta rara oportunidade é o encontro com os netos.
Com toda a cambada, sem botar nem tirar, todos estão lá, pois sabem que é o dia de receber presentes dos parentes e dos avós em especial.
Eles sem prestar contas a ninguém, correm e brincam sem dar importância nenhuma aos mais velhos como se estes fossem uns estorvos para suas brincadeiras no quintal da enorme vila, que o meu filho caçula alugou em especial para este evento.
Em tempo, seria de bom proveito, lembrar que este povo tem uns costumes "sui generis", um deles preza pelo direito que nenhuma família judia deve se privar de festejar a entrada do novo ano por estar "apertada" economicamente e por isso deixar de postar em cima da mesa todos os produtos para festejar este evento.
Pois da maneira como você comemora a entrada do ano novo, com toda a fartura, Deus ajuda para que durante todo o ano entrante não lhe falte nada. Um ano de fartura com a "ajuda do Divino".
Para isso centenas de ONG judaicas se organizam preparam as listas dos necessitados. Vão e recolhem do comercio os donativos, sejam em produtos alimentícios ou de dinheiro para comprar o que não foi possível receber dos comerciantes e preparam tudo que necessita a família para tal comemoração.
Cada família necessitada recebe de alguma organização voluntária, um ou dois dias antes da entrada do ano novo, uma caixa com todos os produtos necessários para festejar o ano entrante sem nenhum constrangimento pela sua situação econômica ou social. Bonito, não é mesmo?
Agora nos tempos modernos querem mudar o sistema e em lugar de distribuir os produtos, planejam distribuir um cartão de credito com uma soma pré-determinada e a família compra o que quer do seu gosto no supermercado e assim ninguém "mete o nariz" no prato de outrem. Parece ser uma boa idéia, o tempo de ser altruísta, voluntário de boas ações e bancar o filantropo, já passou e cada um é dono de seu gosto e come o que quer. Tome o cartão de credito e faça sua festa como lhe der na veneta e pronto. Porem este ano a idéia ainda não vingou.
No salão de visitas na casa do meu filho a mesa estava posta, coberta com uma lindíssima toalha branca, toda rendada com símbolos judaicos, os pratos e talheres brilhavam, pois estreavam era a primeira vez que seriam usados em especial para este "Rosh Hashaná" (Ano Novo).
No centro da mesa estava uma grande bandeja com os alimentos que nunca deverão fazer falta na alimentação da família.
A tal bandeja é denominada "a bandeja das preces" (magash habrahot, em hebraico).
Interessante o que me disseram os entendidos, esta bandeja assim como os pratos e talheres somente seria usados na comemoração e durante o resto do ano tudo ficaria em exposição na cristaleira da residência da anfitriã.
Na bandeja são colocadas algumas frutas doces em geral (simbolizando um ano novo delicioso), as verduras (aquelas agarradas a terra, cenoura rábano que num sentido figurado representam o arraigo ao solo pátrio), pedacinhos de carne da cabeça de uma ovelha ou de rês (que representa o desejo de estar sempre na cabeça do desenvolvimento ou de novas idéias e não se arrastar como a cauda (o rabo) do animal).
Está lá, bem junto à "bandeja das preces", a Romã (Que representa a fertilidade, pelo numero de grãos que possui cada fruta), está a Tâmara (por ser frondosa, erguer-se orgulhosa e vegetar nas mais difíceis condições climáticas e de solos e produz muitos cachos de frutos doces com um teor de energia enorme, possibilitando sobreviver às longas caminhadas pelos desertos).
Garrafas de água para que este liquido nunca falte (Este produto era escasso nas épocas bíblicas).
Todas estas tradições se formaram no tempo bíblico do Reino de Israel nesta área desértica do Oriente Médio.
Já ia esquecendo muitas garrafas de vinho tinto (sempre produto nacional), pois simbolizam a produção doce e saborosa da terra de Israel (Eretz Israel), mesmo quando produzido em condições agrícolas difíceis em terras áridas com clima semi-desértico.
O vinho proporciona um clima propicio na festa do ano novo. Esquecer o ano anterior que está agonizando suas últimas horas e receber o ano entrante com muita alegria, bem dispostos, todos reunidos em volta de uma mesa lauta do bom e do melhor e ajudando ao próximo, pois a união faz a força.
De uma segunda bandeja que estava todo o tempo coberta com uma linda toalha também toda bordada é servida a "Halá" (pão de festa) ou pãezinhos (lachmaniot) cobertos com grãos de gergelim. Este produto de massa é a especialidade pessoal da dona da casa.
Cada um dos presentes tira um pedacinho do pão e prova com algo da "bandeja das preces" e em coro dizem o Amem. "Com o teu suor comerás o pão do dia a dia" (be zeat apeha tuchal lahem, em hebraico). Amem.
Cada qual prova algo da bandeja depois que o "capo" (Rosh há Shulchan, em hebraico) da mesa lê a prece para o tal componente, segundo a ordem que já existe a mais de milênios de tradição.
Terminada as preces e os "tira gostos" todos os presentes cantam em conjunto as canções da festa com ardor e fervor como se quisesse alcançar o Senhor Criador "nas alturas" (ba shamaim, em hebraico). Aí entram em ação as senhoras com as bandejas que estavam no forno esperando o fim das cantorias, colocam tudo em cima da mesa e é servido um lauto jantar.
Quando reclamei da quantidade enorme de comida que me foi servida no prato, a resposta imediata da anfitriã minha nora foi:
"Hoje é Rosh Hashná (ano novo), coma e não reclame, pois o que está servido é o nosso agradecimento ao Senhor por nos oferecer esta fartura. Amanhã na tua casa, continuaras a tua dieta, não aqui neste dia santo festivo para todos nós".
Sorte que a comida era de primeiríssima qualidade, então não resisti e provei de tudo.
Depois da comida regada com o vinho da terra, continuamos a conversar e tirar o atraso dos nossos poucos encontros. Todo o mundo fotografando de tudo que é ângulo com seus telefones celulares do ultimo modelo.
A meninada a traquinar, brincando, correndo e de vez em quando um deles perguntava:
"Quando chegará à hora dos presentes, os presentes deste ano. Estamos ansiosos pra ver".
Então esta hora chegou.
É um corre, corre pra todos os lados, todo mundo desembrulhando os presentes e comparando um com o outro, se recebeu o que sonhava receber ou não. Aquele que ficava frustrado se agarrava na saia da mãe ou da tia e choramingando perguntava se ela tinha guardado o recibo da compra para logo depois das festas irem trocar por algo que desejava, mas estes casos eram raros, pois em geral os seus desejos já tinham feito aos familiares muito antes da festa.
Logo o ambiente voltava ao normal e algazarra continuava pelo quintal todo.
Satisfeitos continuavam a brincar já com os presentes que receberam. Uma folia daquelas.
Lá para as tantas o netinho mais novinho e traquino danado, veio até a poltrona onde estava eu sentado digerindo feito uma cobra que comera uma paca inteira e me diz:
- "Vô tô com sono"!
- "Vem menino traquino, sobe e vem cochilar no meu colo, te conto uma estória bonita e logo adormecerás". De acordo?
- Não Vô, só quero descansar. Dormir não quero não, quero descansar para depois voltar e brincar com meu novo velocipe (velocípede), se não vou os outros tomam conta dele. De acordo Vô?
Me diz vô tu também um dia fostes menino feito eu? Ou sempre foste avô?
Nem respondi, pois ele já estava numa situação de cansaço que explicação nenhuma seria valida.
Lembro-me quando pirralho perguntei a mesma coisa a meu Zeide (avô).
É a quarta geração da nossa família que pergunta a mesma pergunta.
Deitei a sua cabecinha sobre meu peito e comecei a cantarolar quase sussurrando:
"Xô, xô boi da cara preta, deixa o menino dormir, que tem medo de careta" e passei a cantarolar algo que ainda me lembrava da infância. "Xô, xô boi, boi do Piauí, vai-te embora daqui e deixa o menino dormir" e assim por adiante.
Quando senti que ele ainda estava duvidando se dorme mesmo, então enveredei noutro embalo "educacional" da minha infância.
"Xô, xô pavão de cima do telhado deixa o menino dormir seu soninho sossegado".
Olhe eu já botei muitos netos pra dormir, nunca ninguém resistiu a estes "embalos infantis educacionais", nem este meu netinho, "um verdadeiro cupim de aço" de traquino, também ele não resistiu e se entregou totalmente aos braços de Morfeu, seu avô, porém não antes de voltar ao seu tempo de bebe e exigir que lhe trouxessem a chupeta, pois era a sua "arma" para se defender dos bois das minhas cantigas.
O "boi do Piauí", o da "cara preta" ou mesmo o "colorido pavão" ciscando no telhado, continuam mesmo em Israel, surtindo melhores efeitos que todo qualquer outro processo moderno para botar crianças pra dormir.
Boa noite.
Era a comemoração do novo ano judeu (Rosh Hashaná, em Hebraico), que este ano cai nesta data.
Não preciso dizer que numa ocasião desta se reúnem quase todos da família, os de perto e os de longe (harehokim ve hakrovim, em hebraico).
É uma oportunidade de se ver uns os outros que durante o ano não é possível pela correria atrás do sustento da família que impossibilita faze-lo com maior frequência.
É a data certa para se reunir, para matar as saudades, conversar, comer e beber do melhor em conjunto, pois comemoramos o Ano Novo (5773).
O mais importante nesta rara oportunidade é o encontro com os netos.
Com toda a cambada, sem botar nem tirar, todos estão lá, pois sabem que é o dia de receber presentes dos parentes e dos avós em especial.
Eles sem prestar contas a ninguém, correm e brincam sem dar importância nenhuma aos mais velhos como se estes fossem uns estorvos para suas brincadeiras no quintal da enorme vila, que o meu filho caçula alugou em especial para este evento.
Em tempo, seria de bom proveito, lembrar que este povo tem uns costumes "sui generis", um deles preza pelo direito que nenhuma família judia deve se privar de festejar a entrada do novo ano por estar "apertada" economicamente e por isso deixar de postar em cima da mesa todos os produtos para festejar este evento.
Pois da maneira como você comemora a entrada do ano novo, com toda a fartura, Deus ajuda para que durante todo o ano entrante não lhe falte nada. Um ano de fartura com a "ajuda do Divino".
Para isso centenas de ONG judaicas se organizam preparam as listas dos necessitados. Vão e recolhem do comercio os donativos, sejam em produtos alimentícios ou de dinheiro para comprar o que não foi possível receber dos comerciantes e preparam tudo que necessita a família para tal comemoração.
Cada família necessitada recebe de alguma organização voluntária, um ou dois dias antes da entrada do ano novo, uma caixa com todos os produtos necessários para festejar o ano entrante sem nenhum constrangimento pela sua situação econômica ou social. Bonito, não é mesmo?
Agora nos tempos modernos querem mudar o sistema e em lugar de distribuir os produtos, planejam distribuir um cartão de credito com uma soma pré-determinada e a família compra o que quer do seu gosto no supermercado e assim ninguém "mete o nariz" no prato de outrem. Parece ser uma boa idéia, o tempo de ser altruísta, voluntário de boas ações e bancar o filantropo, já passou e cada um é dono de seu gosto e come o que quer. Tome o cartão de credito e faça sua festa como lhe der na veneta e pronto. Porem este ano a idéia ainda não vingou.
No salão de visitas na casa do meu filho a mesa estava posta, coberta com uma lindíssima toalha branca, toda rendada com símbolos judaicos, os pratos e talheres brilhavam, pois estreavam era a primeira vez que seriam usados em especial para este "Rosh Hashaná" (Ano Novo).
No centro da mesa estava uma grande bandeja com os alimentos que nunca deverão fazer falta na alimentação da família.
A tal bandeja é denominada "a bandeja das preces" (magash habrahot, em hebraico).
Interessante o que me disseram os entendidos, esta bandeja assim como os pratos e talheres somente seria usados na comemoração e durante o resto do ano tudo ficaria em exposição na cristaleira da residência da anfitriã.
Na bandeja são colocadas algumas frutas doces em geral (simbolizando um ano novo delicioso), as verduras (aquelas agarradas a terra, cenoura rábano que num sentido figurado representam o arraigo ao solo pátrio), pedacinhos de carne da cabeça de uma ovelha ou de rês (que representa o desejo de estar sempre na cabeça do desenvolvimento ou de novas idéias e não se arrastar como a cauda (o rabo) do animal).
Está lá, bem junto à "bandeja das preces", a Romã (Que representa a fertilidade, pelo numero de grãos que possui cada fruta), está a Tâmara (por ser frondosa, erguer-se orgulhosa e vegetar nas mais difíceis condições climáticas e de solos e produz muitos cachos de frutos doces com um teor de energia enorme, possibilitando sobreviver às longas caminhadas pelos desertos).
Garrafas de água para que este liquido nunca falte (Este produto era escasso nas épocas bíblicas).
Todas estas tradições se formaram no tempo bíblico do Reino de Israel nesta área desértica do Oriente Médio.
Já ia esquecendo muitas garrafas de vinho tinto (sempre produto nacional), pois simbolizam a produção doce e saborosa da terra de Israel (Eretz Israel), mesmo quando produzido em condições agrícolas difíceis em terras áridas com clima semi-desértico.
O vinho proporciona um clima propicio na festa do ano novo. Esquecer o ano anterior que está agonizando suas últimas horas e receber o ano entrante com muita alegria, bem dispostos, todos reunidos em volta de uma mesa lauta do bom e do melhor e ajudando ao próximo, pois a união faz a força.
De uma segunda bandeja que estava todo o tempo coberta com uma linda toalha também toda bordada é servida a "Halá" (pão de festa) ou pãezinhos (lachmaniot) cobertos com grãos de gergelim. Este produto de massa é a especialidade pessoal da dona da casa.
Cada um dos presentes tira um pedacinho do pão e prova com algo da "bandeja das preces" e em coro dizem o Amem. "Com o teu suor comerás o pão do dia a dia" (be zeat apeha tuchal lahem, em hebraico). Amem.
Cada qual prova algo da bandeja depois que o "capo" (Rosh há Shulchan, em hebraico) da mesa lê a prece para o tal componente, segundo a ordem que já existe a mais de milênios de tradição.
Terminada as preces e os "tira gostos" todos os presentes cantam em conjunto as canções da festa com ardor e fervor como se quisesse alcançar o Senhor Criador "nas alturas" (ba shamaim, em hebraico). Aí entram em ação as senhoras com as bandejas que estavam no forno esperando o fim das cantorias, colocam tudo em cima da mesa e é servido um lauto jantar.
Quando reclamei da quantidade enorme de comida que me foi servida no prato, a resposta imediata da anfitriã minha nora foi:
"Hoje é Rosh Hashná (ano novo), coma e não reclame, pois o que está servido é o nosso agradecimento ao Senhor por nos oferecer esta fartura. Amanhã na tua casa, continuaras a tua dieta, não aqui neste dia santo festivo para todos nós".
Sorte que a comida era de primeiríssima qualidade, então não resisti e provei de tudo.
Depois da comida regada com o vinho da terra, continuamos a conversar e tirar o atraso dos nossos poucos encontros. Todo o mundo fotografando de tudo que é ângulo com seus telefones celulares do ultimo modelo.
A meninada a traquinar, brincando, correndo e de vez em quando um deles perguntava:
"Quando chegará à hora dos presentes, os presentes deste ano. Estamos ansiosos pra ver".
Então esta hora chegou.
É um corre, corre pra todos os lados, todo mundo desembrulhando os presentes e comparando um com o outro, se recebeu o que sonhava receber ou não. Aquele que ficava frustrado se agarrava na saia da mãe ou da tia e choramingando perguntava se ela tinha guardado o recibo da compra para logo depois das festas irem trocar por algo que desejava, mas estes casos eram raros, pois em geral os seus desejos já tinham feito aos familiares muito antes da festa.
Logo o ambiente voltava ao normal e algazarra continuava pelo quintal todo.
Satisfeitos continuavam a brincar já com os presentes que receberam. Uma folia daquelas.
Lá para as tantas o netinho mais novinho e traquino danado, veio até a poltrona onde estava eu sentado digerindo feito uma cobra que comera uma paca inteira e me diz:
- "Vô tô com sono"!
- "Vem menino traquino, sobe e vem cochilar no meu colo, te conto uma estória bonita e logo adormecerás". De acordo?
- Não Vô, só quero descansar. Dormir não quero não, quero descansar para depois voltar e brincar com meu novo velocipe (velocípede), se não vou os outros tomam conta dele. De acordo Vô?
Me diz vô tu também um dia fostes menino feito eu? Ou sempre foste avô?
Nem respondi, pois ele já estava numa situação de cansaço que explicação nenhuma seria valida.
Lembro-me quando pirralho perguntei a mesma coisa a meu Zeide (avô).
É a quarta geração da nossa família que pergunta a mesma pergunta.
Deitei a sua cabecinha sobre meu peito e comecei a cantarolar quase sussurrando:
"Xô, xô boi da cara preta, deixa o menino dormir, que tem medo de careta" e passei a cantarolar algo que ainda me lembrava da infância. "Xô, xô boi, boi do Piauí, vai-te embora daqui e deixa o menino dormir" e assim por adiante.
Quando senti que ele ainda estava duvidando se dorme mesmo, então enveredei noutro embalo "educacional" da minha infância.
"Xô, xô pavão de cima do telhado deixa o menino dormir seu soninho sossegado".
Olhe eu já botei muitos netos pra dormir, nunca ninguém resistiu a estes "embalos infantis educacionais", nem este meu netinho, "um verdadeiro cupim de aço" de traquino, também ele não resistiu e se entregou totalmente aos braços de Morfeu, seu avô, porém não antes de voltar ao seu tempo de bebe e exigir que lhe trouxessem a chupeta, pois era a sua "arma" para se defender dos bois das minhas cantigas.
O "boi do Piauí", o da "cara preta" ou mesmo o "colorido pavão" ciscando no telhado, continuam mesmo em Israel, surtindo melhores efeitos que todo qualquer outro processo moderno para botar crianças pra dormir.
Boa noite.
Cuide com os creditos

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