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Vista aérea do marco zero no Porto do porto antigo do Recife
O Recife e seu antigo porto
Fotos: Google, Internt
Tema:
O desembarque dos imigrantes judeus no porto do Recife.
Paulo Lisker de Israel
Nota:
O glossário, no final da croniqueta.
Os
judeus europeus que fizeram do Recife sua nova pátria, muitas vezes estavam
com a passagem marítima comprada para terras mais longínquas,
como o Uruguai, Argentina ou mesmo para o sul do Brasil (São Paulo, Rio
Grande do Sul ou para o Rio de Janeiro).
Então por que cargas
d'água desembarcaram no Recife?
Sabemos que não era
o "supra sumo" das cidades brasileiras para uma rápida
adaptação vindo do outro lado do mundo.
Eles almejavam um lugar
que oferecesse condições para arranjar facilmente uma moradia (ha
shtub), manter a família que viria mais tarde, caso já tivessem uma "parnusse" (em iídiche,
atividade rentável).
Seria de bom proveito,
caso já houvera um "ishev" judaico
(comunidade judaica em iídiche e que vem da palavra hebraica ISHUV) e
se não estivesse pedindo muito, um "Beis hakneisset (sinagoga
também do iídiche e que tem origem hebraica "Beith Ha Knesset"),
um "Beis ha Oilam" (também do iídiche e
hebraico= Cemitério), pois os judeus têm seu próprio cemitério em
qualquer parte do mundo e que obedece a uma serie de critérios
religiosos, antes do funeral (purificação do cadáver, vestir a
mortalha), no funeral (as rezas especificas) para o evento, dizer
"kadish" (encomendar a alma do finado ao Senhor) e se não estavam
mesmo pedindo demais, queriam saber se já se tem no
"ishev" um "miniem" (minian do hebraico), que nada mais
é que um grupo de pelo menos 10 homens, para se iniciar a reza em qualquer
oportunidade, seja no "beis hakneisset" (no Shil, também
recinto para rezar) ou qualquer outro lugar onde se
tenha por obrigação faze-lo, sempre é necessário um
"minian".
Os solteiros também se
interessavam saber se no lugar que desembarcariam, tem moças
judias, pois juraram (hobn gueshfoirn, bli neider) aos seus
pais ortodoxos que ficaram na Europa, que nunca se casariam com uma
"goia" (que não pertence ao povo judeu).
Era muito comum escutar os novo
imigrantes contando que os pais judeus ortodoxos, que ficaram para atrás ao
se despedir, imploravam que não casasse com uma
"shikse" (goia nativa do local), dizendo para que todos do
"shteitel" (aldeia) ouvissem:
"GOT ZOL MIR UPHITEN TZU
ZAIN A ZEIDE FIN SHVARTZE EINICKLECH, OI HABROCH, DI BOBE VET
SHTARBN FIN HA APOPLEXIE"! ("Deus me livre e guarde de ser
avô de netinhos negros, a vovó com toda certeza morrerá de um ataque
cardíaco").
Queriam saber muito mais, se
tem abate e comida cusher,
(comida preparada segundo critérios e recomendações religiosas da
alimentação humana e ademais seguem uma serie regras de
cuidado higiênico).
Tem alimentos permitidos
(cusher ou casher) e outros terminantemente proibidos
("threifá").
O abate deveria ser segundo
as leis de máxima misericórdia para com os animais e aves, que seriam
depois servidos nas casas judaicas.
Era por demais importante saber
se já tinha no local de desembarque no novo mundo, um
"Rebe" (rabino),
"Shoihet" (aquele
que cumpre com as leis judaicas quando abate os animais e aves
permitidos segundo a Bíblia Sagrada).
"Moheil" (aquele que
está autorizado a realizar a circuncisão dos garotos com oito dias de vida,
"a iídiche Shul" (escolinha),
"melamed" (mestre
que ensina o "Alef Beith" = abc) e as rezas elementares do
dia a dia as crianças do primário.
É praxe no povo judeu,
que em qualquer parte do mundo a alfabetização, vem até antes do
ter o que comer.
Se tem pensões decentes
para morar nos primeiros tempos até que tenham condições de alugar um
casebre (há shtub) qualquer!
Estes tipos de informação
tinham até demais das cidades das quais tinham as passagens, mais do Recife
"necas", absolutamente nada e quem pensava em ficar no Recife,
ninguém!
Nem sei se nas agências
de viagem na Europa conheciam o porto deste lugar no Brasil.
Então como se consegue
respostas fidedignas em iídiche (idioma falado
unicamente pelos judeus ashkenazim, oriundos do leste europeu, uma espécie
de dialeto de origem alemão), para este monte de informações necessárias, totalmente desconhecidas
e tão importantes, para decidir se descer no Recife pra ficar, ou continuar
para o sul, depois de tanto tempo de viajem da Europa em
condições da terceira classe, nos "vapores" daquela época.
A viagem já lhes saia pelo
nariz.
Por mais incrível que pareça os
primeiros imigrantes judeus (ashkenazim) europeus no principio do
século XX, apesar de analfabetos ao
chegar ao Recife e apesar de toda problemática de adaptação nas
condições desconhecidas do "novo-mundo", logo que se instalaram,
formaram o "vaad fin ishev" (comissão da comunidade).
Como era um grupo
diminuto, sabiam que não aguentariam o rojão.
Seria
urgentemente necessário assimilar, mais e mais judeus
novos imigrantes ("di Grinne", verdes=novatos), para criar e
poder manter as diversas entidades sociais necessárias, para o bom
andamento de um cotidiano judaico nas "novas terras".
Logo e sem muita democracia
formaram um (a Vaad ou
"a comissie")
comitê de absorção de ajuda aos novatos (di Grine).
Sabiam eles, que o
primeiro porto para os navios apinhados de imigrantes (não só
judeus), que vinham da Europa a caminho do continente sul
americano, seria sempre o Recife e estes estavam sedentos da
informação acima citada.
O Vapor, assim chamavam naquele
tempo os navios que faziam à travessia do Atlântico e que
durava quase um mês nas condições da terceira classe, não eram
nada "confortáveis".
Havia aqueles
que denominavam o vapor de "paquete", pois vinha uma vez por
mês , assim como, a menstruação com todas suas "fragrâncias"!
No Recife ancoravam no porto
(bastante primitivo naquela época), que de vez em
quando, enchia de areia, a tal ponto que estes vapores de grande
calado não tinham condições de entrar para ancorar o faziam fora da
"barra" ou faziam escala em Dakar.
Lá os armadores
marítimos os supriam de combustível e mantimentos necessários
para continuar a viagem diretamente para o Rio, Santos ou mais
para o sul, Uruguai e Argentina.
Porem quando este fenômeno
negativo não ocorria, os vapores entravam certos como relógio suíço
no porto do Recife.
Aí é que entrava em jogo a
perícia da comissie dos judeus locais.
A "comissie"
(comissão de absorção) estava lá presente no cais, perto do ancoradouro do
vapor.
Estes dados a comissão
conseguia pelas boas relações que tinham com as companhias marítimas que
atuavam no Recife.
Sempre estava alguém deles
conversando com algum funcionário, perguntando pelas datas, nome dos navios
e se as primas dele a dona Golde, Freide ou Zeilde, estariam
por acaso na lista de passageiros deste navio, que está por arribar.
Desta maneira sutil, conseguia
o nome, a data e o lugar que atracaria o próximo barco.
Munidos desta
informação todo o grupo da "comissie" estava presente quando
o barco atracava, mesmo que "chovesse canivete" ou fizesse
um calor danado, como no sertão do Cabrobó!
A "comissie" se
espalhava ao longo das docas (de cabo a rabo) e começava a gritar
para os passageiros a bordo que olhavam
admirados esta situação surrealista, meio absurda que se
criava, quando um grupo de gente
desconhecida gritava para eles a bordo, em iídiche:
-SHMÁ ISRUEL, BURECH HA BÓ, (Ouça Israel,
seja bem vindo).
-IDEN, IDEN, IR ZAINT IDEN? (judeus,
judeus, vocês são judeus?).
-KUMT ARUNTER, MIR ZAINEN
OICH IDN, MAIN FAINER
ID, KIM ARUP!
DU IZ A KLEINER ISHEV, A SHEINER UN A GUTER
PLATZ TZU VOINEN UND ARBETN, NEMT DAIN RENTZEL IN KIM BE SHULEM! (desçam,
nós também somos judeus, estimado bom judeu desce, temos uma pequena
comunidade, o lugar é bonito e saudável para habitar e trabalhar. Vai buscar
tuas malas e venha em paz).
-SHMÁ ISRUEL, SHMÁ ISRUEL,
ELOHEINO EL EHAD (Louvado
seja Deus de Israel, nosso Deus Único).
-BURECH HASHEM! BURECH HABÓ! (Louvado nosso
Deus, Seja bem vindo).
Assim os imigrantes
judeus, no tempo que o vapor estava ancorado no Porto do
Recife recebendo combustível e viveres para continuar a viagem, ao
ouvir os patrícios em terra firme, falando para eles o
único idioma que dominavam e os convidando para se juntar a
eles e ficar no Recife, não pensavam duas vezes e logo exigiam
seus passaportes ou salvos condutos e já estavam prontos para descer.
Às vezes não era fácil e
só com a ajuda de um despachante (Sr. Rangel),
amigo da comissie que
"engraxava" os oficiais e funcionários
portuários encarregados da documentação, a coisa funcionava.
Aí os judeus desciam
rapidamente satisfeitos da vida já como "imigrantes legais
e documentados".
Esta ação não tinha sempre
100% de êxito!
Pois
não desciam aqueles que tinham parentes em outros portos e
que já sabiam de sua chegada e lá os esperavam.
Porem, os imbuídos de
começar a nova vida no Recife, iam rapidamente trazer suas
trouxas e maletas, jogavam as passagens de continuação para o sul no
mar e efusivamente se abraçavam com os judeus que estavam nas docas
a espera, fazendo este trabalho "santo"!
A finalidade era de
imbuir a esta gente a permanecer e constituir esta
nova comunidade em formação e absorver o máximo de imigrantes judeus.
Dever-se-á, em tempo lembrar
que de bagagem pessoal, desta pobre gente, não trazia nada ou quase nada.
Porem sempre traziam a sua "caixa de ferramentas", (arbeit
kastn, mit tchvokn, hamers un drud= caixa de madeira, cheia pregos,
martelo, arame, etc.).
Fosse qual fosse à profissão,
sempre uma caixa desta natureza os acompanhava mesmo nesta incerta
travessia do Atlântico, via o "novo mundo".
Não tinham roupa, porem
ferramentas e livros sagrados, sempre carregavam consigo, alguns deles
até traziam um instrumento musical, assim como, violino,
balalaica, flauta etc.
A comissie, não
deixava escapar aqueles que ainda duvidavam.
Subiam a bordo e os
convenciam conversando em "mame lushen" (língua materna-Iídiche),
prometendo moradia, ajuda financeira e contatos com as lojas que dão
credito a aqueles "griner" (novatos) que querem começar a
trabalhar vendendo mercadorias à prestação, nos arrabaldes do Recife.
Nestes grupos, vinham
pessoas de todas as profissões que eram muito comuns entre
os judeus nas pequenas cidades interioranas européias (fin a
Klein Shteitel= pequenas aldeias).
Entre outros vinham:
O "melamed"
(professor de primário), logo arrumavam para ele, um grupo de crianças para
alfabetizar ou ensinar para o "Bar Mitzva" (evento religioso
quando o menino se torna homem adulto aos 13 anos) e que já pode
ler na Toráh (as escrituras
da Bíblia segundo o velho Testamento) e participar do
"minian", (o grupo de 10).
Vinha mesmo de tudo.
Alfaiates, sapateiros,
ferreiros, marceneiros, rabinos, ourives, saboneteiros, Chazanim (cantores de
rezas na sinagoga), Moheil
e Shoheit, (autorizados de praticar a circuncisão e abate animais e
aves), músicos, fotógrafos, pequenos comerciantes, e
até cozinheiras de pensão (keherin).
Estas não perdiam tempo e
logo depois de chegar, abriam "uma portinha", na Praça da
Independência ou Maciel Pinheiro (já não lembro bem) e começavam a cozinhar
comida "cosher" para os judeus que ainda conservavam o
costume e tradição culinária religiosa.
Comida derivada de leite
(milerchdik) e
carne (fleishechdik) nunca na mesma refeição, pois assim diz a Bíblia
numas de suas passagens, "não cozinhais o terneiro no leite da sua
mãe", daí derivou este costume de não misturar carne e leite na
mesma refeição!
Ademais nunca usam a mesma
panela ou talheres que foram utilizados para comer carne ao se passar
as comidas derivadas de laticínios.
Lembro dona Tzipke, que
afora manter a cozinha "cosher" na sua casa,
também alugava quartos para os "grine" (novos imigrantes)!
A esposa do Sr. Volodie,
dona Sara, na esquina da Rua da Imperatriz e do Hospício, também fazia
o mesmo.
Mesmo nossa família, em
determinado tempo, comprávamos comida "cosher" destas famílias
acima citadas.
Comida iídiche
é muito gostosa. (em geral utilizavam "shmaltz e grivalach",
gordura animal em geral proveniente de galinhas velhas e gordas).
Naquele tempo não se
falava do colesterol e outros "bichos" que fazem mal a saúde.
Era o tempo que se usava a
marmita para as encomendas de comidas para levar.
Um artefato genial (deviam dar
ao inventor prêmio Nobel).
Eram três ou quatro panelinhas
de alumínio uma em cima da outra, sempre brilhando de limpo que até
podia servir de espelho para se barbear, naquele tempo com navalha.
Nunca despejava nada! Sempre um
dos componentes da marmita era a sopa de galinha com chuchu, jerimum
e verduras da época, muito aromática pelo uso de condimentos
frescos, assim como, endro salsa ou coentro. Chegava sempre quentinha
e gostosa.
Na outra panelinha vinha
uma porção de carne de gado ou galinha com molhos imbatíveis. Não tem
formula escrita e passavam por herança de geração a geração.
Só as "keherin"
(cozinheiras judias sabiam como preparar), outra panelinha
vinha com casha (arroz sarraceno de cor marrom) ou mesmo arroz branco,
outra panelinha, pasta ou "kiguel" (uma espécie de torta de
macarrão, às vezes doce) e finalmente a panelinha do "compot"
(compota de frutas frescas, quando estas rareavam no mercado,
então faziam uso de frutas secas, assim como, passas de uva, ameixas e
abricós).
O cheiro e o gosto da cozinha
judaica que com o tempo desapareceu do cardápio da colônia, hoje ao
escrever esta crônica, ainda sinto o aroma, tal e qual sentia quando
menino.
A pensão judaica familiar de
Burech e Manha Krumer, na Praça Maciel Pinheiro, defronte do centenário
"pé de Jambo do Pará", albergava as famílias recém chegadas e era
uma espécie de "quartel general" onde se tomavam as decisões
de como agir no dia de amanhã.
Meu avô Iossef (José) e
suas três filhas moças e um varão, ao chegar de Viena, morou
durante alguns meses nesta pensão familiar.
Foi lá que meu pai Meier
(Maurício), conheceu a minha mãe, dona Hanna (Anna).
Não sei dizer se foi namoro
normal ou arranjo através de um "shidechmacher" ou "ha
shadchen" (respeitável casamenteiro)
Em geral essa gente de
confiança e respeitáveis membros da comunidade, se encarregavam de
apresentar aos pais de famílias das moças e rapazes solteiros,
candidatos possíveis, com a finalidade de que dessa atuação, saíssem
casamentos.
Este trabalho
denominado "mitzve", não era feito de graça caso
resultasse positivo e logicamente, casamento.
Nestes casos ele recebia
certa quantia de dinheiro como combinado no inicio da sua atuação.
Era uma profissão
respeitável como outra qualquer entre os judeus da época!
Lá pelas 17 horas, quando o
calor do Recife amenizava, os "grine" saiam do
hotel, atravessavam a rua e iam tomar uma brisa na praça.
Lá escutavam as
novidades, faziam negócios, arrumavam "shidach" (informação sobre
homens ou mulheres solteiros/as "dando
sopa"), com boas e sinceras intenções para casar.
Não menos importante
era conhecer as possibilidades da família da futura
noiva prometer um bom enxoval (mohar ou nedunie), montar e cuidar
da casa, caso no futuro o casamento fosse
realizado! Queriam que a futura esposa fosse uma
"balebuste", (mulher "pau pra toda obra").
Esta praça era um
verdadeiro parlamento e o melhor centro de informações para os
"griner", (recém chegados).
Agora, vosmecê acredita se
quiser neste fenômeno que se passou na nossa comunidade do
antigo Recife, aí vem a "bomba":
Eu mesmo poderia ser Uruguaio,
pois meu pai tinha a passagem para o Uruguai (os únicos na América do
Sul que naquele tempo davam visto, para russos) e meu avô
para Argentina! (país que sempre teve boas relações com os países de
formação germânica, e meu avô era austríaco)!
Ai meu Deus, que sorte tive
eu, que eles escutaram o pessoal da "comissie" gritando em iídiche
no Porto, tentando convencer aos judeus imigrantes a bordo, para
descer do vapor, e ficar no Recife.
Dou graças a Deus mil vezes, te
imagina, eu argentino, Deus me livre e guarde!
P.S.
1- Agora vosmecê sabe como
se formou o enorme contingente de prestamistas judeus no Recife dos quais a
grande maioria deles, tinha passagens para outros rincões da América do
Sul!
Segundo meu pai essa
gente, vestiu e calçou o povo humilde e pobre dos subúrbios do Recife.
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Dr. M. Rosenblatt Hadera-Israel
ResponderExcluirDISSE:
Se nao fosse você (ou vosmece, como você escreve), quem jamais saberia de tudo isso?!
Prof.a Tânia N. Kaufman Recife Pe.
ResponderExcluirDISSE:
Linda a sua crônica.
Tania
Dr. Ary Rushansky Israel
ResponderExcluirDISSE:
A crônica sobre a passagem pelo Recife dos imigrantes judeus esta fiel e autentica nas minhas lembranças.
Parte da família da minha mãe endereçada para Buenos Ayres por lá ficou.
O relato está fascinante desconhecidos pelas novas gerações.
Shaná Tová (Bom Ano Novo) e um abraço do antigo madrich (Orientador) e amigo.
Ary.
Léa é sua admiradora.
Talento literário de sobra
Eng. Israel Coslovsky São Paulo BR;
ResponderExcluirDISSE:
PAULO
EXCELENTE !
V. JÁ HAVIA MERNCIONADO ESTE ASSUNTO NUM OUTRO DOCUMENTO ANTERIOR, MAS DESTA VEZ ELE VEIO CHEIO DE RICOS DETALHES E RECHEADO DE EXPRESSÕES IDISH QUE LHE DERAM UM SABOR ESPECIAL. Parabens !
NECO - ISRAEL
Prof. Amós Troper Rio de Janeiro
ResponderExcluirDISSE:
Querido Paulo,
Acabo de ler com o auxilio de uma lupa esta maravilhosa crônica sobre a chegada dos judeus em Recife.
Meus parabéns,
Abraços,
Amós.
Eng. Izaias Rosenblatt Recife
ResponderExcluirDISSE:
Na verdade não sei muito a respeito do assunto.
Meus pais foram de navio direto pro Rio no final de 48 e depois vieram pro Recife.
Os donos da futura Livraria Cultura, Hertz, por exemplo, desembarcaram no Recife, acharam que aqui tudo era judeu porque em todos os bares tinha uma "Maguen David" (Símbolo de David, nas marcas originais da Brahma e da Antarctica), depois ele foram pra Buenos Aires, e de lá pra São Paulo.
Não há muitas histórias conhecidas sobre as "mulheres polacas" aqui - pelo menos não divulgadas na colônia a qual sempre preferiu calar sobre o assunto para não criar maiores problemas numa comunidade pequena onde todos se conhecem e são parentes - e talvez seja melhor assim mesmo.
Lic. Ismael Gouveia Recife
ResponderExcluirDISSE:
Meu caro Paulo,
Acabei de escrever um livro com um amigo intitulado Nininha, e que trata de experiências de uma menina no agreste da Paraíba, há quase 100 anos, sem mãe e sem pai. A informação que obtivenos é que sua origem era judaica.Assim, utilizamos material desta sua crônica , devidamente identificado, para iniciar o livro. Quando estiver editado, envio uma cópia para você.
Abraço
ISMAEL